Em Portugal, as doenças oncológicas têm registado um aumento de incidência regular de aproximadamente 3% ao ano. Constituem a segunda causa de morte, situando-se depois das doenças cérebro-cardiovasculares.
Em 2016, os programas de rastreio oncológico evoluíram significativamente, com expansão da cobertura geográfica, aumento do número de utentes rastreados (+35.458) e melhoria significativa das taxas de adesão (+5%).
Durante o último ano, na região Norte, atingiu-se a cobertura geográfica de 100% no rastreio do cancro da mama, ficando o programa completo como nas regiões Centro, Alentejo e Algarve. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, está previsto o seu alargamento em 2017, completando as unidades do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo e iniciando o programa no ACES Oeste Sul.
O programa de rastreio do cancro do colo do útero ficou também concluído na região Norte, juntando-se às regiões Centro, Alentejo e Algarve. Em 2017, será iniciado este rastreio na região de Lisboa e Vale do Tejo, estando prevista a sua implementação total durante o ano de 2018.
O rastreio do cancro do cólon e reto é agora o de maior necessidade de investimento, pelo que estão em desenvolvimento programas piloto disseminados nacionalmente, de modo a permitir o alargamento geográfico progressivo a todos os ACES até ao final de 2017. Está prevista a cobertura total até ao final de 2018.
No âmbito do combate à doença oncológica, salienta-se ainda o desenvolvimento de uma solução informática nacional única para os rastreios e a proposta de uniformização dos programas de rastreio, a nível nacional, que está em finalização junto da Direção-Geral da Saúde.
