Gravidez e Sexualidade
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Interrupção voluntária da gravidez
Lei n.º 3/2016 – Diário da República n.º 41/2016, Série I de 2016-02-29 – Revogação das Leis n.os 134/2015, de 7 de setembro, relativa ao pagamento de taxas moderadoras na interrupção voluntária da gravidez, e 136/2015, de 7 de setembro (primeira alteração à Lei n.º 16/2007, de 17 de abril, sobre a exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez).
Problemas de fertilidade
Problemas de fertilidade e a infertilidade: saiba quais são as causas, formas de tratamento e como deve proceder.
Calcula-se que um casal em cada sete possa ter problemas de fertilidade. Num terço dos casos, a situação tem origem na mulher, noutro terço tem origem no homem e, no terço restante, o problema pode ser de ambos ou a causa ser desconhecida. Qualquer destas situações deve ser encarada como um problema do casal, no qual ambos deverão estar envolvidos.
Quando é que o casal deve procurar ajuda especializada?
Dificuldade em engravidar não é necessariamente um problema de fertilidade. Diz-se que um casal tem problemas de fertilidade quando após um a dois anos de actividade sexual sem utilização de métodos contraceptivos não ocorre uma gravidez.
Recomenda-se que o casal procure ajuda especializada quando a gravidez não ocorre ao fim de dois anos. Se a mulher tiver mais de 30 anos, o casal deve procurar ajuda ao fim de um ano.
Quais são as causas?
Coexistem diversos factores, quer no campo das vivências físicas quer psicológicas, que, individualmente ou associados, podem condicionar a fertilidade do casal.
Para identificar as causas da infertilidade é necessário proceder a uma série de entrevistas e exames. Trata-se de um processo que pode ser física e emocionalmente desgastante, mas que é importante para que se possa determinar quais os tratamentos mais adequados a cada caso.
Quais são as formas de diagnóstico?
Em primeiro lugar, o casal deve consultar um médico. Nessa consulta são avaliados os antecedentes clínicos de ambos, no que respeita a doenças e intervenções cirúrgicas efectuadas, características do ciclo menstrual, dificuldades sexuais e o estilo de vida do casal.
Contudo, em muitos casos estes procedimentos não são suficientes para caracterizar a situação, pelo que se torna necessário realizar exames complementares de diagnóstico, como, por exemplo, o controlo do equilíbrio hormonal e a análise do esperma.
Quais são as formas de tratamento?
Em alguns casos, o problema fica resolvido com a determinação da altura mais adequada para haver relações sexuais, após o estudo do período fértil do ciclo menstrual.
Noutros, pode utilizar-se uma ou várias formas de tratamento disponíveis, que serão sempre realizadas com o consentimento informado do casal:
- Medicação – Há medicamentos que podem ajudar a regular os problemas que possam existir a nível hormonal no homem ou na mulher (por exemplo, medicamentos para provocar a ovulação);
- Cirurgia – Podem ser utilizadas certas técnicas cirúrgicas para, por exemplo, eliminar obstáculos físicos que estejam a dificultar ou a impedir o processo de fecundação;
- Técnicas laboratoriais – Há várias técnicas de fertilização com apoio laboratorial, entre as quais a inseminação intra-uterina ou a fertilização in vitro.
Estas técnicas têm sucesso garantido?
Não é possível garantir resultados. O sucesso destas técnicas varia de acordo com o problema, o tratamento utilizado e outros factores.
A infertilidade total, ou esterilidade, é rara. Contudo, e mesmo com a evolução tecnológica actual, em cerca de 15 por cento das situações de infertilidade não é possível determinar quais são as causas e, consequentemente, intervir de modo a tentar ultrapassar o problema.
Onde podemos obter ajuda para os problemas de fertilidade?
- No centro de saúde, junto do médico de família e nas consultas de planeamento familiar.
- Nos hospitais e maternidades, nas consultas de ginecologia ou de infertilidade.
Recomendações
É essencial que o casal seja capaz de comunicar sobre os sentimentos e sobre a situação que está a viver ao longo de todo o processo. A infertilidade e as dificuldades que eventualmente possam surgir ao longo do tratamento podem gerar sofrimento psíquico, stress, ansiedade e sentimentos contraditórios, inclusive entre o casal.
O apoio da família, dos amigos e dos profissionais de saúde é, por todos os motivos, muito importante e de grande utilidade.
Não hesite em procurar ajuda se considerar necessário e, fundamentalmente, não hesite em esclarecer todas as dúvidas junto dos profissionais de saúde.
E lembre-se: a adopção constitui sempre uma possibilidade para os casais terem filhos, existam ou não problemas de infertilidade.
Gravidez na adolescência
Se és adolescente e estás grávida, conhece os cuidados que deves ter.
Nas consultas de planeamento familiar, poderás obter mais informação, bem como o apoio e o acompanhamento médico de que necessitas.
Como posso saber se estou grávida?
Um dia ou dois de atraso na menstruação não significa que estejas grávida. Vários factores podem alterar a regularidade do ciclo menstrual (o stress, por exemplo) e provocar ligeiros atrasos.
Contudo, se estás com alguns dias de atraso, sentes o aumento e alteração da consistência das glândulas mamárias, enjoos e vómitos, então convém marcares imediatamente uma consulta de planeamento familiar ou com o teu médico de família, no centro de saúde da tua área de residência. Explica a urgência da razão da consulta na altura da marcação.
Quanto devo pagar pela consulta de planeamento familiar?
As consultas de planeamento familiar são gratuitas.
Posso ir sozinha à consulta de planeamento familiar?
Podes ir sozinha à consulta de planeamento familiar. Não é necessária a autorização ou a presença dos teus pais ou de outro adulto.
Posso verificar se estou grávida antes da consulta?
Sim. Podes comprar na farmácia um teste de gravidez (não é preciso receita médica) ou entregar na farmácia, para análise e em recipiente próprio, uma colheita da tua primeira urina da manhã. Horas depois terás o resultado. Também podes fazer uma análise ao sangue num laboratório de análises clínicas.
Estou grávida. O que devo fazer?
Deves ir regularmente às consultas e nunca faltar a nenhuma. Os cuidados de saúde que tiveres contigo durante a gravidez são muito importantes para a tua saúde e para a do bebé.
Quanto deverei pagar pelas consultas?
Não terás de pagar nada. Todas as grávidas têm direito à prestação de cuidados de saúde gratuitos, quer no centro de saúde quer no hospital.
A presença do pai do meu bebé é importante?
É muito importante. Recorda-te que a gravidez não diz respeito apenas à mulher (mãe), também diz respeito ao pai. Sempre que seja possível, o pai do bebé deve viver a gravidez junto da mãe e participar nas consultas de vigilância.
Quer engravidar? Está grávida? Então, faça o teste VIH/sida!
Para fazer o teste do VIH poderá consultar o seu médico de família ou poderá dirigir-se aos Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce VIH (CAD)
Contactos úteis em https://www.sida.pt/organizacoes-onde-pode-procurar-ajuda-contatos-uteis/
Boletim de Saúde da Grávida
Boletim de Saúde da Grávida é o registo individualizado das informações essenciais para um acompanhamento adequado.
Consulte o Guia para as Grávidas.