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Secretária de Estado presidiu à sessão de encerramento da Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, defendeu que a literacia em saúde, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável – temas da Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo – “são da maior importância para a área da saúde, como um todo, mas também para a vida de cada um de nós, de forma individual e em sociedade”.

A governante, que presidiu ao encerramento da conferência, esta quinta-feira, dia 26 de outubro, afirmou que “A literacia em saúde é importante para todos nós quando estamos doentes, quando estamos em risco e quando tentamos permanecer saudáveis. É praticável e é uma inspiração para melhorar o bem-estar público”.

“Hoje, estamos confrontados com um crescimento das necessidades em saúde, que nenhum sistema de saúde poderá satisfazer adequadamente se continuar apenas focado na produção de atos de prestação de cuidados. O caminho da promoção da saúde e da prevenção tem de ser reforçado. Precisamos de inverter o paradigma. E esta necessidade de inversão reconduz-nos, já de forma estrutural, para o tema da literacia”, reforçou Margarida Tavares.

A Secretária de Estado defendeu que “ao invés de exigir que as pessoas lidem com sistemas e processos complexos, é necessário mudar os sistemas e os processos de saúde para que estes lidem com a complexidades das pessoas”.

“Uma literacia em saúde desadequada está ligada a um baixo conhecimento ou compreensão, quer dos serviços de prestação de cuidados, quer dos próprios resultados em saúde, e estará também associada a uma maior probabilidade de hospitalização, uma maior prevalência e gravidade de algumas doenças crónicas, pior estado geral de saúde, e uma baixa adesão a medidas de prevenção e rastreio de doença”, elucidou.

Apesar do muito caminho que há para percorrer, a governante destacou que “Portugal tem sido um dos países pioneiros no que diz respeito à definição de estratégias e ações no âmbito da Literacia em Saúde”. Tanto a nível individual como coletivo há medidas a implementar, mas Margarida Tavares frisou que “a literacia em saúde não é, nunca, apenas uma responsabilidade individual (do cidadão se capacitar), mas uma responsabilidade coletiva e dos sistemas de saúde que devem promover essa capacitação”.

“Assim, temos também de entender e buscar a literacia enquanto condição para uma cidadania relevante e efetiva num contexto democrático. Ora, a cidadania é mais do que o simples civismo, a mera observância de regras de convivência. A cidadania é mais exigente, pressupondo não só a titularidade de direitos (o “direito a ter direitos”), mas um envolvimento com a coisa pública, uma participação construtiva na comunidade e para a comunidade politicamente organizada”, disse.

“Assim o desígnio maior do esforço da promoção da literacia em saúde é assegurar a cada cidadão a capacidade de compreender e negociar as suas decisões com consequências na sua saúde ou na gestão da sua doença: trata-se portanto de emancipar, ou, se preferirem o termo mais vulgar, empoderar os cidadãos no seu direito de navegar os determinantes e os serviços de saúde, ou seja por em prática uma escolaridade abrangente e integradora”, concluiu.

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