
Ministro da Saúde destacou importância dos projetos que nascem nas comunidades.
As respostas locais e os projetos que nascem nas comunidades são fundamentais para conseguirmos ir ao encontro das necessidades das pessoas, defendeu o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na quarta-feira, dia 11 de outubro, na Cerimónia de Entrega da 11.ª Edição do Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto.
“É inequívoco que as desigualdades e a pobreza são determinantes essenciais na nossa saúde”, disse o Ministro da Saúde. Apesar da grande evolução social que Portugal tem tido, muito pelo impulso que o Serviço Nacional de Saúde deu em quatro décadas a vários indicadores de saúde, Manuel Pizarro reconheceu que ainda há muito caminho a fazer para reduzir as desigualdades e aumentar a coesão social.
Neste contexto, saudou os três premiados no evento e as “respostas locais quase individualizadas” que conseguiram implementar com sucesso. Aliás, o Ministro recordou as lições recentes da pandemia, em que só a articulação entre os diferentes setores, em particular entre o setor público, o setor social e o setor solidário, é que permitiram vencer melhor os desafios.
Na edição deste ano, foi entregue uma menção honrosa à Associação para o Planeamento da Família, que desde a década de 1960 ajuda as pessoas nas escolhas livres e conscientes relativamente às suas vidas sexuais e reprodutivas. A associação tem sabido adaptar-se às evoluções sociais e às novas necessidades, agora com este projeto “Melhorar as respostas às vítimas de Tráfico de Seres Humanos – Portugal contra o TSH”.
A segunda menção honrosa foi para a Associação Pista Mágica, de Gondomar, que se dedica, há 15 anos, à capacitação em voluntariado através de atividades de capacitação, formação, consultoria e implementação de projetos junto de grupos vulneráveis, utilizando o voluntariado como ferramenta de inclusão social, distinguida aqui com o projeto “VolunTalento”, de apoio a pessoas com deficiência.
Já o prémio vencedor foi entregue à Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve, que, também há mais de 15 anos, tem conseguido que o Banco Alimentar do Algarve passasse de 400 para 3.500 toneladas anuais de alimentos distribuídos. Hoje é distinguida pelo projeto E-integrar, uma iniciativa inovadora de sinalização e gestão dos destinatários do apoio alimentar na região do Algarve, que visa melhorar a distribuição de alimentos aos mais carenciados através de uma plataforma digital integrada.
O Ministro da Saúde aproveitou, ainda, a sua intervenção para sublinhar que o país está também a fazer este caminho de valorização das respostas locais. Como exemplo, lembrou que está em curso a descentralização de competências na área da saúde. E deu ainda o exemplo da campanha de vacinação contra a gripe e a Covid-19, que está a ser feita em parceria com 2500 farmácias, privilegiando-se a proximidade da resposta.
A terminar, partilhou palavras especiais sobre Maria José Nogueira Pinto, que foi diretora da Maternidade Alfredo da Costa, evocando “o percurso notável desta cidadã em todos os aspetos da sua vida cívica” e a “forma combativa e empenhada, mas serena e muitíssimo elevada” como exerceu todas as funções a que se entregou.