
Secretário de Estado da Saúde presidiu ao encerramento do III Encontro Nacional de Integração de Cuidados.
A resposta às necessidades da população passa por facilitar o percurso dos cidadãos e eliminar os silos entre os vários níveis de cuidados. Esta foi uma das principais mensagens deixadas pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, no III Encontro Nacional de Integração de Cuidados, que decorreu em Lisboa, no sábado, dia 23 de setembro.
“Temos uma agenda para a integração de cuidados. É também por isso que o Ministério da Saúde está empenhado na criação de instrumentos para conhecer melhor as necessidades em saúde da população”, explicou o governante, a propósito da ferramenta de estratificação do risco que o Serviço Nacional de Saúde adquiriu.
Ricardo Mestre explicou que este tipo de ferramentas são essenciais para antecipar as necessidades em saúde que uma determinada população vai ter, com o objetivo de fazer o investimento necessário em infraestruturas, equipamentos e profissionais para dar essa resposta.
O Secretário de Estado da Saúde explicou, contudo, que a estratificação pelo risco pretende ir mais longe e conseguir chegar às pessoas antes de adoecerem ou de descompensarem das doenças crónicas que já têm, o que permitirá colocar a promoção da saúde e a prevenção da doença verdadeiramente na agenda.
O governante aproveitou a ocasião para explicar a orientação política da grande reforma que está em curso, com o SNS a ficar todo organizado em Unidades Locais de Saúde já a partir do início do próximo ano. “Queremos reforçar a integração organizacional dentro do SNS”, disse, mas explicando que a integração de cuidados passa ainda por estreitar a relação com outros setores e áreas, nomeadamente com a área social.
Relativamente aos cuidados de saúde primários, Ricardo Mestre adiantou que a aposta passa pela generalização das chamadas Unidades de Saúde Familiar de modelo B, isto é, com remuneração associada ao desempenho, o que permite estimular o trabalho em equipa e melhorar o acesso das pessoas a cuidados próximos e de qualidade.
“Temos de utilizar bem os 15 mil milhões de euros de autorização de despesa que temos para o SNS. Temos de criar incentivos alinhados para todos os que desenvolvem a sua atividade no SNS, com resultados focados nas pessoas e ganhos transversais a todo o sistema”, concluiu o Secretário de Estado da Saúde.
Durante o encontro, o governante assistiu à apresentação de vários projetos de integração de cuidados e teve a oportunidade de participar na entrega de prémios aos trabalhos que mais se destacaram.