
Secretário de Estado da Saúde inaugurou novos polos de saúde.
O Litoral Alentejano conta com novos equipamentos que reforçam os cuidados de saúde na região, proporcionando mais qualidade e segurança, em proximidade, aos cidadãos desta região. O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, inaugurou vários investimentos na sexta-feira, dia 22 de setembro, nomeadamente uma nova cozinha no Hospital do Litoral Alentejano, bem como um novo Polo de Saúde em São Luís e outro em São Domingos.
A nova cozinha, que conta com equipamentos modernos que otimizam os circuitos e aumentam a qualidade do serviço proporcionado, representou um investimento de 1,5 milhões de euros, com recurso a verbas do programa Portugal 2020. No total, a cozinha vai preparar mais de 350 refeições diárias para profissionais e doentes.
“Estamos a criar um serviço que vai ao encontro das necessidades das pessoas. Temos hoje cidadãos com necessidades diferentes e uma esperança de vida muito maior. A componente curativa da saúde é central, mas também temos de trabalhar no apoio à qualidade de vida e ao bem-estar, o que se materializa em equipamentos como esta cozinha”, destacou Ricardo Mestre.
O reforço dos cuidados de saúde primários é também uma prioridade para o Ministério da Saúde, com particular relevância em regiões onde a população envelhecida e as longas distâncias tornam as extensões de saúde ainda mais essenciais.
O Secretário de Estado da Saúde presidiu à inauguração do novo Polo de Saúde de São Luís, em Odemira. Os cerca de 1400 utentes, todos com médico de família, recebiam cuidados em instalações obsoletas e com problemas estruturais, mas com a obra foi possível renovar a extensão de saúde e encurtar distâncias. “A saúde tem de ser um polo central das respostas que as comunidades dão aos vários desafios, nomeadamente em termos de multiculturalidade e diversidade”, destacou Ricardo Mestre.
O governante lembrou depois que, para o trabalho feito nestas zonas, tem sido fundamental o envolvimento e a colaboração dos profissionais, a quem agradeceu a disponibilidade e dedicação. “Precisamos deles para fazer acontecer”, frisou, reforçando que o trabalho em equipa é crucial para melhores resultados nos cuidados de saúde primários. O papel das autarquias no reforço dos equipamentos tem também feito a diferença, acrescentou Ricardo Mestre.
Em termos totais, o Litoral Alentejano tem hoje mais 200 profissionais do que em 2015, e, numa altura em que todo o Serviço Nacional de Saúde passará a estar organizado em Unidades Locais de Saúde, o Secretário de Estado acredita que a ULS do Litoral Alentejano tem “exemplos de excelência” para partilhar com outras regiões.
Depois de São Luís, seguiu-se a inauguração do Polo de Saúde de São Domingos, em Santiago do Cacém, para perto de 1800 utentes. “Os utentes do SNS são os verdadeiros destinatários de tudo o que fazemos e estamos a criar condições para lhes responder melhor”, disse Ricardo Mestre, insistindo que “sem um SNS público provavelmente não estaríamos aqui”.
“Temos de valorizar o SNS e ajudar a reforçar, qualificar e fazer mais investimento”, afirmou o governante, mas defendendo que a dimensão da qualidade e dos ganhos em saúde para as pessoas tem de estar cada vez mais presente no que se faz.
O dia terminou com a inauguração da primeira Unidade de Convalescença da Rede Nacional de Cuidados Continuados do Litoral Alentejano. Ricardo Mestre esteve com Maria Oliveira, a primeira utente da unidade de convalescença da Unidade de Cuidados Continuados Conde do Bracial, da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém. “A rede foi sempre construída com um conjunto de parceiros e com um conjunto de princípios dos quais não abdicamos”, disse.
De manhã, num Fórum em Santiago do Cacém, precisamente dedicado ao tema “O futuro dos Cuidados Continuados”, o Secretário de Estado da Saúde tinha já elogiado a “entrega e competência dos profissionais que constroem a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”.
Na sua intervenção, Ricardo Mestre antecipou alguns eixos orientadores que devem marcar o futuro desta rede, para ir ao encontro das necessidades das pessoas, o que passa por estar mais presente na comunidade, por conseguir uma maior ambulatorização dos cuidados e por haver um maior foco nos resultados conseguidos para o doente. Até 2025, o Governo vai completar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, abrindo mais 5500 camas, o que permitirá completar os 15 mil lugares pretendidos.