
Ministro da Saúde participou na sessão de abertura do congresso da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória
Nos primeiros quatro meses de 2023, o Serviço Nacional de Saúde fez 173 362 cirurgias de ambulatório (com alta até 24 horas), o maior número de sempre e um aumento de 12,1% face ao mesmo período do ano passado. O balanço foi feito pelo Ministro da Saúde esta sexta-feira, 16 de junho, na sessão de abertura do XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória, em Santo Tirso, uma iniciativa da APCA – Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória. Manuel Pizarro enalteceu o desenvolvimento desta área no Serviço Nacional de Saúde, considerando que a cirurgia ambulatória tem sido fundamental para garantir o aumento da atividade cirúrgica no país e um maior acesso a cuidados à população.
“Sou do tempo em que uma cirurgia às cataratas implicava dois dias de internamento no hospital e era um dos períodos mais curtos”, recordou o Ministro da Saúde, evocando as equipas e profissionais que promoveram esta área no país, desde logo o início desta prática no Hospital de Santo António, em 1991, e o papel do atual Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, que a partir de 2007 liderou a Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNADCA). “Em três anos fez ampliar a taxa de cirurgias de ambulatório de 22% para mais de 50%”, sublinhou Manuel Pizarro.
Hoje as cirurgias de ambulatório representam 70% da atividade cirúrgica programada no SNS. “É graças à cirurgia de ambulatório que conseguimos que o SNS faça mais de 750 mil intervenções cirúrgicas por ano – um recorde de 758 mil intervenções cirúrgicas em 2022”, afirmou o Ministro da Saúde. “A cirurgia de ambulatório foi uma verdadeira revolução e depende em larga medida dos profissionais”, acrescentou Manuel Pizarro, sublinhando que no início houve resistência e desconfiança, ultrapassada com o sucesso das intervenções que permitiram tratar “mais e melhor os doentes”.
O Ministro da Saúde sublinhou que, tal como há 30 anos a cirurgia ambulatória em Portugal era uma prática minoritária, hoje há outros movimentos a iniciar-se, como a hospitalização domiciliária, e que irão ser parte integrante dos futuros cuidados de saúde. Depois da meta do PRR ter sido antecipada em dois anos, com 9 mil doentes “internados” no domicílio em 2022, o Governo fixou o objetivo de triplicar a capacidade de resposta até 2026, alcançando os 30 mil doentes tratados por ano pelas equipas de hospitalização domiciliária do SNS.