
“Existe uma oportunidade única e efetiva de participar na modernização e reorganização do sistema de saúde”, Ricardo Mestre.
“Os Centros de Responsabilidade Integrada são mesmo uma oportunidade de conferir às equipas mais autonomia, mais compromisso e mais flexibilidade”, disse Ricardo Mestre, salientando “as lideranças são fundamentais” porque “os CRI nascem da iniciativa” dos profissionais de saúde.

O Secretário de Estado da Saúde falava numa iniciativa organizada pelo Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, no dia 27 de maio, em Peniche, onde referiu que “existe uma oportunidade única e efetiva para participar na reorganização do sistema de saúde”, apelando à participação e envolvimentos dos profissionais.
Ricardo Mestre assumiu que os desafios relacionados com as necessidades de saúde da população e com a modernização do sistema de saúde. “O Serviço Nacional de Saúde tem mais de 2.400 pontos de contacto de norte a sul, mais de 152 mil profissionais, um orçamento de 14,5 mil milhões de euros, atende mais 150 mil pessoas todos os dias”, por isso “não se pode fechar o SNS durante 3 meses e depois aparecer com o sistema reorganizado”, disse o secretário de Estado.
Na sua intervenção, o governante explicou como está a ser conduzido em processo, que define como um “movimento planeado, estruturado e participado”. Está em curso a atualização dos sistemas de informação, a implementação de novos modelos de incentivos para profissionais e equipas, bem como a disseminação das Unidades Locais de Saúde e das Unidades de Saúde Familiar B, ou o estímulo à constituição de novos CRI.
“Definimos uma visão e uma estratégia para o Serviço Nacional de Saúde”, disse Ricardo Mestre, acrescentando que estão agora “a mobilizar recursos e a contar com todos os que compõem o SNS” para este processo de reorganização. “As ULS, os CRI, as redes de urgência, os incentivos, estão a ser discutidos com quem está no terreno, com as pessoas”, salientou o secretário de Estado. “Há quem diga que demora mais tempo, mas a nossa forma de fazer esta reforma é com quem é e com quem compõe o SNS”, disse.