
Ministro da Saúde marcou presença no 14.º Congresso Nacional das Misericórdias
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reconheceu publicamente o “papel determinante” das Misericórdias Portuguesas na resposta de saúde dos portugueses, agradecendo a todos os que, nas diferentes instituições espalhadas por todo o país, fizeram da resposta à covid-19 “o combate das suas vidas”. O agradecimento foi deixado no passado dia 1 de junho na abertura do 14.º Congresso Nacional das Misericórdias, em Lisboa.
“Não tenho dúvida nenhuma de que se há lição que devemos retirar da pandemia é a necessidade de aprofundar a ligação entre o setor social e o setor da saúde”, afirmou o Ministro da Saúde.
“O país é muito diverso daquele em que há 44 anos foi criado o SNS. Nessa altura, pouco mais de meio milhão de portugueses tinham mais de 65 anos e, se é verdade que hoje as pessoas nessa idade são mais saudáveis, também é verdade que hoje temos mais de 1,6 milhões de portugueses com mais de 65 anos”, salientou Manuel Pizarro. “Os indicadores dizem-nos que esta fatia da nossa população vai continuar a crescer. Somos vítimas do nosso sucesso, porque a esperança de vida dos portugueses cresceu 13 anos durante a democracia, o que nos deve orgulhar, mas traz-nos também novos desafios e obriga-nos a reconstruir as nossas respostas”, acrescentou.
Manuel Pizarro recordou que, quando o SNS foi criado, António Arnaut era ministro dos Assuntos Sociais e que só depois houve uma autonomização do Ministério da Saúde. Hoje, sublinhou, o movimento é de crescente reaproximação entre os dois setores. “É evidente hoje para quem está no terreno que temos de reaproximar o setor social e a saúde. Muito do que nos acontece hoje nos hospitais tem a ver com a dificuldade em dar resposta a uma população mais envelhecida. Temos por isso de reforçar a rede de cuidados continuados e debater em conjunto a forma como vamos aproveitar os fundos do PRR alocados a esta área, a reformulação de algumas respostas e, naturalmente, o financiamento, para conseguirmos um equilíbrio virtuoso entre o cumprimento das funções sociais do Estado português enquanto garante da dignidade e, ao mesmo tempo, conseguirmos equilibrar as contas publicas”.
Manuel Pizarro destacou o aumento dos preços pagos pelo Estado nos cuidados de longa duração, em novembro de 2022, com retroativos a 1 de janeiro, e a recente portaria que permitiu encontrar 700 vagas adicionais para resposta transitória de quem aguarda vaga em lar, manifestando a intenção de continuar a aprofundar esta relação e o diálogo com as instituições.