
Ministro da Saúde participou na inauguração do novo espaço da equipa do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.
A equipa comunitária de saúde mental de Oeiras já está a trabalhar no novo edifício cedido pela autarquia para acolher esta resposta. O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou a nova unidade na última terça-feira, 30 de maio, presidindo à cerimónia de inauguração ao lado do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. Nesta sessão foi também assinada a cedência das instalações por parte da autarquia ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, pelo período de cinco anos, com o propósito de reforçar a resposta em saúde mental à população.
A nova unidade resulta de uma remodelação completa do antigo edifício dos bombeiros de Paço de Arcos, que passa a acolher uma equipa com 30 anos de história e que segue atualmente mais de 2 mil pessoas.
“Temos de tratar a saúde mental fora dos espaços concentracionários e dos espaços fechados que perpetuam o estigma”, sublinhou o Ministro da Saúde. “Precisamos de muitos exemplos como este da equipa de saúde mental de Oeiras para mostrar que isto é possível e é desejável”, acrescentou, agradecendo o empenho da autarquia ao colocar a unidade numa zona nobre de Paço de Arcos, dotando-a de instalações modernas e confortáveis.
“Em Oeiras a descentralização está em movimento há muito tempo”, frisou Manuel Pizarro. “Para o cidadão é muito difícil compreender porque é que o Estado está dividido aos bocados. O Estado é igual quer seja o poder central ou o poder local e a nossa obrigação é cooperarmos uns com os outros de forma leal e compreendendo, evidentemente, o grau de autonomia de cada um”, sublinhou.
O Ministro da Saúde destacou o investimento que está a ser feito no reforço das respostas em saúde mental com verbas do PRR, num valor global de 88 milhões de euros, que permitirão criar um total de 40 equipas comunitárias até 2026, requalificar enfermarias de internamento e avançar com a reforma do sistema forense da saúde, que dá resposta às pessoas declaradas inimputáveis por razões do foro mental.
Manuel Pizarro evocou a importância do trabalho da coordenação nacional e a recente aprovação da Lei da Saúde Mental na Assembleia da República, que considerou um momento decisivo da reorganização em curso nesta área. “Trata-se de valorizar os direitos humanos, a autonomia individual e a dignidade de quem sofre de doença mental”, afirmou.
