
Ministro da Saúde elogiou dinâmica do projeto coordenado por Helena Roseta.
“Esta dinâmica não pode parar”. Foi desta forma que o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, elogiou publicamente o Programa Bairros Saudáveis, que na sexta-feira, dia 26 de maio, organizou, no Porto, a primeira apresentação pública dos resultados nacionais da execução física dos 240 projetos concluídos no âmbito desta iniciativa.
O Ministro da Saúde lembrou o lançamento do Programa Bairros Saudáveis em plena pandemia, para defender a importância da aprendizagem que a emergência de saúde pública anos trouxe.
Manuel Pizarro considera que o papel do poder local foi determinante para vencermos a Covid-19, instando ao reforço do papel das autarquias em vários domínios, muito em particular na saúde. “Mostraram que esta não é uma utopia, mas sim o caminho.
É mesmo possível envolver as pessoas e uma enorme parte do que temos de fazer na saúde não está relacionado apenas com o sistema de saúde”, disse o governante, defendendo que as soluções para a saúde estão também na comunidade. “Temos de manter um programa deste tipo e criar condições para que se mantenha”, acrescentou.
Depois, o Ministro citou uma entrevista recente de Helena Roseta, em que a coordenadora do Programa dizia que “mais importante do que a resolução imediata dos problemas, como pode ter sido compor um telhado, instalar rampas de acesso ou fazer hortas comunitárias, pode ser o facto de se ter deixado uma rede montada, e que se tenha permitido uma capacitação que, esperamos nós, possa perdurar”. Para Manuel Pizarro este é o caminho a seguir, envolvendo as pessoas na construção de melhores políticas.
O Programa foi criado em junho de 2020, com 10M€ de orçamento, em pleno surto pandémico da 1ª vaga da COVID. Dirigido a projetos locais de melhoria das condições de vida e qualidade de vida de comunidades e territórios especialmente vulneráveis, previa a candidatura de parcerias locais, promovidas por associações, organizações de moradores, coletividades, organizações não governamentais, IPSS, cooperativas, fundações ou outras entidades da economia social.
Cada projeto podia receber no máximo 50 000 euros e podia intervir nas áreas da saúde, da economia, do apoio social, do ambiente ou de pequenas obras em habitações, equipamentos e espaços públicos.
De 774 candidatos, foram selecionados 246 projetos e 240 prosseguiram e chegaram ao fim em outubro de 2022. Os 240 projetos terminados envolveram 1515 entidades, das quais 655 associações e entidades privadas não lucrativas do setor solidário, 371 autarquias, 108 entidades do SNS, 136 outras entidades públicas e 245 entidades informais voluntárias.