
Secretária de Estado da Saúde participou no congresso da Associação Portuguesa de Nutrição
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, participou esta quinta-feira, 11 de maio, no XXII Congresso de Nutrição e Alimentação, também III Congresso Internacional de Nutrição e Alimentação, na Alfândega do Porto. Na intervenção dirigida aos profissionais da nutrição, Margarida Tavares falou da sua visão de promoção da saúde e dos planos para a intervenção do Ministério da Saúde nesta área.
“Identifico três grandes grupos de fatores modificáveis: a alimentação, a atividade física e as dependências. Há duas dependências em particular com grande impacto na carga de doença, que são a dependência tabágica e a dependência alcoólica. Se conseguisse fazer qualquer coisa nestas áreas dar-me ia por satisfeita”, sublinhou Margarida Tavares, defendendo a necessidade de pensar, enquanto país, como intervir de forma eficaz.
Margarida Tavares falou do trabalho que está a ser feito no Ministério da Saúde, como a Proposta de Lei para restringir a exposição ao fumo ambiental do tabaco – aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros – ou a entrada em circuito legislativo da nova estrutura de abordagem às drogas e comportamentos aditivos. “Era outro objetivo que tínhamos traçado e conseguimos estar a cumpri-lo. Em breve teremos a divulgação”, revelou.
“Fazer promoção da saúde a sério”
No campo particular da alimentação, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde saudou o trabalho do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS e da sua coordenadora, Maria João Gregório, nomeadamente o contributo para medidas governativas como o cabaz de IVA 0%. “Foi muito importante este contributo pedido pelo Primeiro-Ministro à Saúde, foi uma oportunidade para promover a alimentação saudável”.
Margarida Tavares salientou a importância de medidas do foro social para a promoção da saúde, tal como o IVA 0% ou o Programa de Garantia para a Infância. “É muito difícil às vezes explicar o que é equidade. Quando temos um grupo de pessoas que têm uma desvantagem, temos de dar-lhes essa vantagem e só a partir daí podemos ter medidas iguais. O Programa Garantia para a Infância visa apoiar 150 mil crianças e as suas famílias com um pacote de medidas abrangentes, também com impacto na saúde”, salientou, reiterando o objetivo de lançar novas medidas de promoção da saúde da grávida e da criança, com foco nos primeiros mil dias de vida e na alimentação nas escolas, áreas em que os profissionais da nutrição têm um papel a desempenhar e onde este pode ser reforçado.
Está também em curso o trabalho para organização da resposta de saúde publica em Portugal e a criação de uma estrutura dedicada à promoção da saúde a nível nacional, afirmou Margarida Tavares. “Quero que sejamos mesmo capazes e corajosos para fazer promoção da saúde a sério, de norte a sul”, concluiu.