
Ricardo Mestre salientou trabalho das associações de doentes para um SNS mais preparado.
O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, presidiu esta quinta-feira, dia 27 de abril, à Sessão de Abertura da 23.ª edição das Jornadas da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR). Na sua intervenção, o governante começou por assinalar a importância destes encontros e do trabalho da associação, em prol de um Serviço Nacional de Saúde mais equitativo e ajustado às expetativas e necessidades dos cidadãos.
“Acreditamos que só conseguimos responder aos desafios que temos no Serviço Nacional de Saúde com diálogo franco e permanente com os profissionais de saúde e com os doentes. O reforço do SNS passa por esta perspetiva de diálogo e isso implica envolver as associações de doentes”, disse o Secretário de Estado da Saúde.
Ricardo Mestre, na sessão, deixou uma palavra de apreço a todos os dirigentes do SNS, pelo trabalho que fazem todos os dias em múltiplos pontos de prestação de cuidados de saúde. Depois, deixou também uma palavra especial à presidente da ANDAR, Arsisete Saraiva, pela organização das jornadas, “um palco para discutir de forma construtiva o SNS, partilhando ideias, boas práticas, problemas e soluções”. “É com estes fóruns que conseguimos construir um SNS mais ajustado às necessidades da população”, asseverou.
O governante sublinhou a “dedicação, persistência e até irreverência” de Arsisete Saraiva, para destacar a importância das associações de doentes e do diálogo permanente destas com a tutela. “O reforço do SNS passa muito por esta capacidade de dialogar em permanência e isso passa por envolver as associações de doentes”, acrescentou Ricardo Mestre, defendendo que a capilaridade do SNS – com mais de 2000 pontos abertos todos os dias – “é a sua força”, mas também acarreta dificuldades. “Não podemos fazer encerramentos para balanço ou inventário”, exemplificou.
O Secretário de Estado da Saúde terminou a intervenção citando algumas das reformas que estão em marcha no terreno, pretendendo prestar melhores cuidados de saúde a todos, em particular também às pessoas com doença crónica. Do maior financiamento, ao investimento através do Plano de Recuperação e Resiliência, foram vários os exemplos citados. Ricardo Mestre destacou a aposta renovada nas Unidades de Saúde Familiar e numa maior resolutividade dos cuidados de saúde primários, que passa também pelo reforço da telessaúde.
Ao nível hospitalar, o governante deu o exemplo dos Centros de Responsabilidade Integrados, que se pretende alargar para 100 em três anos. A aposta em novas Unidades Locais de Saúde e o reforço da hospitalização domiciliária foram outros dos exemplos evocados. Por fim, Ricardo Mestre lembrou a agilização que está em curso em termos de dispensa dos medicamentos em proximidade, o alargamento do prazo das receitas e exames prescritos e a desburocratização de procedimentos, como a autodeclararão de doença até três dias.
“Temos uma estratégia e uma linha política para o SNS. O SNS é o nosso bem maior em termos de proteção social e de saúde e com o envolvimento de todos queremos prosseguir um trabalho cada vez melhor”, concluiu.
