Ministro da Saúde abriu o IV Congresso de Psiquiatria S. João de Deus no Centro Ismaili de Lisboa.
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, presidiu esta segunda-feira, 17 de abril, à sessão de abertura do XIV Congresso de Psiquiatria S. João de Deus, no Centro Ismaili de Lisboa. O encontro de três dias é organizado pelo Instituto S. João de Deus e pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, com longa tradição na resposta em saúde mental e parceiros do SNS na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. “As vossas instituições, profissionais e voluntários permaneceram sempre como aliados dos portugueses e do SNS”, enalteceu o Ministro da Saúde, aproveitando igualmente a ocasião para deixar publicamente uma mensagem de solidariedade aos responsáveis da comunidade ismaelita, anfitriã do encontro, o primeiro desde os trágicos acontecimentos do final de março. “Quero destacar o vosso papel profundamente ecuménico de abertura ao outro, deixar uma palavra de solidariedade às famílias enlutadas e deixar votos de que possam continuar a ser um espaço de desenvolvimento pessoal e solidariedade que sempre demonstraram ser”, afirmou.
No encontro com o mote “Acessibilidade em saúde mental: incluir e integrar”, o Ministro da Saúde destacou o papel do setor social no SNS e a necessidade de cooperação entre as diferentes estruturas, sublinhando que essa é uma parte do papel “inegável e inalienável do SNS na saúde dos portugueses”.
“O SNS faz-se em cooperação e na área da saúde mental são será possível concretizar a nossa aspiração de reforma e de cuidados em proximidade sem estas parcerias”, afirmou, invocando ainda o papel das autarquias neste movimento.
Reforçando o compromisso de consolidar no terreno o decreto-lei n.º 113/2021, de 14 de Dezembro, que reorganiza os serviços de saúde mental no SNS, nomeadamente com mais respostas comunitárias, o Ministro da Saúde salientou que um dos objetivos é garantir que os passos agora dados são definitivos e permitem a integração de cuidados nesta área na comunidade e nos hospitais gerais. “Temos de fazer com que este avanço e este impulso seja o suficiente para não ser permeável ao recuo e ao regresso de políticas segracionistas”, afirmou Manuel Pizarro, acrescentando que o investimento no PRR nesta área, que permite executar esta reforma, é o maior de sempre para a saúde mental, ascendendo a 88 milhões de euros.
Além da aposta na promoção da saúde mental, com destaque para o plano que está a ser criado para o Ensino Superior, o Ministro da Saúde salientou a necessidade de “acelerar” respostas em áreas como as demências, cuja prevalência na população tenderá a aumentar com o envelhecimento.
