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Secretário de Estado da Saúde encerrou conferência Estados Gerais em Évora.

“Discutir e debater o Serviço Nacional de Saúde demonstra que queremos que ele evolua e se adapte às necessidades em saúde da população, às suas exigências e às suas legítimas expetativas.” Esta foi uma das afirmações proferidas pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, durante a iniciativa “Estados Gerais sobre Saúde –Salvaguardar e Transformar o SNS”, organizada pela Fundação para a Saúde – SNS, que decorreu em Évora, com o objetivo de reunir a visão e reflexão própria de cada região sobre o SNS, contribuindo para a construção do futuro do serviço público de saúde.

O Secretário de Estado da Saúde, que presidiu no sábado, dia 1 de abril, ao encerramento da iniciativa, afirmou que é preciso melhorar o desempenho do SNS, para acompanhar os desafios que hoje a saúde atravessa. Ricardo Mestre lembrou alguns sinais de sucesso das quatro décadas de história do SNS – como a esperança média de vida, que passou de pouco mais de 70 anos, em 1979, para mais de 80 anos, agora. Contudo, esta mudança acarreta outros desafios. “Temos claramente uma população com necessidades diferentes e com expetativas diferentes. Temos de encontrar soluções e medidas para resolver problemas conjunturais, mas olhando também para as questões estruturais”.

O governante reconheceu que o tema dos recursos humanos é dos mais sensíveis. “Apesar do esforço e do investimento e da capacidade de contratar mais profissionais de saúde que temos tido, o SNS precisa de continuar a fazer esse investimento nas várias áreas”, acrescentou, reforçando que este caminho é complementado pela valorização das carreiras e pela requalificação das condições de trabalho, evocando ainda as negociações que estão a decorrer com as estruturas sindicais, em especial dos médicos.

Ricardo Mestre deu alguns exemplos de reformas que estão em curso, em particular a criação de novas Unidades Locais de Saúde. “Queremos reorganizar o SNS, nomeadamente criando novas Unidades Locais de Saúde (ULS), que apostem no trabalho em equipa e que partam essencialmente da criação de novos instrumentos de gestão, que lhes permitem estar melhor preparadas para responder aos desafios e que possam ter ganhos mais rápidos do que as ULS que já temos no país”, reforçou o Secretário de Estado.

Para o Secretário de Estado, esta reforma carece de novos instrumentos, a começar pela capacidade de estratificar o risco da população, bem como de criar processos clínicos verdadeiramente digitais, numa reforça que está a ser impulsionada pelo Plano de Recuperação e Resiliência. A aposta nas ULS passa também pela capacidade de criar incentivos diferentes para a remuneração das equipas e pela aposta em modelos de prestação mais integrada de cuidados, nomeadamente tirando partido de novas ferramentas, como a telessaúde.

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