
Dados revelam mais de 83 mil nascimentos em 2022
Em 2022, foram estudados 83.436 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), mais 4.219 «testes do pezinho» comparativamente ao ano de 2021 (79.217).
Coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o PNRN tem vindo a contribuir para o diagnóstico precoce na primeira infância, um dos pilares da saúde materno-infantil em Portugal.
Os dados do PNRN referentes ao ano de 2022 mostram que o maior número de bebés rastreados se observou nos distritos de Lisboa e do Porto, com 24.842 e 15.255 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Braga (6.407) e Setúbal (6.373). Por outro lado, Bragança (574), Portalegre (584) e Guarda (612) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado «teste do pezinho». O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do metabolismo, sendo o exame efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, para permitir diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida, e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
Desde 1979 e até final de 2022, foram rastreados 4.127.139 recém-nascidos e identificados 2.525 casos de doenças raras, possibilitando que todos os doentes iniciassem de imediato um tratamento específico, evitando défice intelectual e outras alterações neurológicas ou extraneurológicas irreversíveis, com a consequente morbilidade ou mortalidade. Apesar de não ser obrigatório, o PNRN tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de cerca de 10 dias.
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