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Secretário de Estado da Saúde abriu conferência sobre transição digital.

“Com as verbas do PRR, podemos reformular decisivamente o uso da tecnologia no Serviço Nacional de Saúde”. A convicção foi deixada pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, na abertura da conferência “Transformação Digital da Saúde acelerada pelo PRR”, um encontro organizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), que teve lugar esta segunda-feira, 16 de janeiro, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto.

O governante afirmou que o investimento destinado à transformação digital da Saúde no âmbito do PRR, de cerca de 300 milhões de euros, vai permitir acelerar novas respostas em quatro pilares de ação: o reforço das infraestruturas e redes de dados, novas ferramentas para os cidadãos e de valorização do trabalho profissional e novos circuitos de armazenamento e utilização de dados, em que se inserem os desenvolvimento da medicina personalizada e o uso da inteligência artificial aplicada aos sistemas de saúde.

Perante um ciclo de investimento sem precedentes na vertente digital do SNS, já com 117 projetos em curso nestas diferentes dimensões, Ricardo Mestre defendeu que a tecnologia não deve ser encarada como um fim e sublinhou que o desafio, além de contínuo, passará por fazer acompanhar estes recursos de uma “reorganização dos processos de trabalho”. A necessidade de envolver todos os profissionais e possibilitar que estes novos instrumentos de trabalho contribuam para a valorização das carreiras são outras marcas desta reforma digital.

“A transição digital não é um fim em si mesmo. Implementar o PRR é fundamental, mas no sentido em que a tecnologia é instrumental para a nossa política de saúde e para o desiderato de reforçar o Serviço Nacional de Saúde”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde. “É fundamental para investir na promoção do acesso, na prevenção da doença e para termos populações mais empoderadas e com hábitos saudáveis de saúde”.

Interação com os cidadãos mais eficiente
Ricardo Mestre acrescentou ainda que esta aposta não é exclusiva dos investimentos do PRR na Saúde, procurando-se, de uma forma transversal, tornar a interação entre o Estado e os cidadãos mais eficiente. Na Saúde, a exigência da população é no entanto cada vez maior, reconheceu.

“As nossas expectativas de que este processo ocorra de forma positiva e construtiva são elevadas. A Saúde, tradicionalmente, acaba por estar na linha da frente da Administração Pública em matéria de transição digital e a experiência da pandemia mostrou-nos como a tecnologia permite dar novas respostas e produzir ganhos que durante muito tempo foram perseguidos, como a telessaúde, e que agora foi possível implementar”, frisou, vincando a importância de sedimentar o “impulso positivo” deixado pela resposta à covid-19. “Temos um plano, temos recursos financeiros e temos agora de nos concentrar na execução”, concluiu o Secretário de Estado da Saúde.

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