
“São o maior número de sempre”, assinalou o Ministro da Saúde.
O Governo assinalou esta segunda-feira, 2 de janeiro, o início do internato de 3877 jovens médicos em Portugal, incluindo-se neste contingente os que realizam, em 2023, o ano de formação geral e os que começam agora a sua formação pós-graduada na especialidade.
Num artigo publicado no jornal Público, intitulado “3877 razões de confiança”, o Ministro da Saúde salienta que se trata do maior número de internos de sempre, em particular no Serviço Nacional de Saúde, que garante a esmagadora maioria de vagas de formação (98,7%).
“Este ano, o diálogo do Ministério da Saúde com a Ordem dos Médicos, e a abertura demonstrada por esta organização profissional, permitiu que fôssemos mais longe do que alguma vez tinha sido possível, quer no número total de vagas quer em muitas das especialidades. Temos, agora, de trabalhar num modelo partilhado de formação que permita colocar jovens médicos nas regiões de menor densidade demográfica, seja no Alentejo, na Beira interior ou no Nordeste transmontano. Este é um desafio central, a que se associa também a necessidade de introduzir o planeamento plurianual da abertura de vagas”, sublinhou Manuel Pizarro, apontando um objetivo de fundo: “Tornar o SNS mais atrativo para os futuros especialistas obriga à revalorização das carreiras médicas”.
“É imperioso dialogar com os jovens médicos, cativando-os para uma carreira que ambicionamos que seja mais interessante e flexível, de modo a compensar a penosidade que está associada à prestação de um serviço público como o SNS”, concluiu o Ministro da Saúde.
“A vossa geração vai assumir um papel decisivo”
A sessão de receção dos novos internos médicos, organizada anualmente pela Administração Central do Sistema de Saúde, teve lugar no Hospital Pêro da Covilhã, do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira.
No encerramento, o Secretário de Estado da Saúde enumerou prioridades para o futuro do SNS: responder às necessidades de acesso da população, valorizar os profissionais e reforçar o investimento na saúde, nomeadamente no âmbito do PRR. “A vossa geração vai assumir um papel decisivo, quer enquanto clínicos quer enquanto futuros líderes. São um ativo fundamental do Serviço Nacional de Saúde. A minha expectativa é que possam beneficiar da formação no SNS e que possam deixar de vós também ao SNS”.