Resposta Sazonal em Saúde
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Ministro inaugura centro inovador na ULSM

Centro de Endoscopia Avançada “é um grande passo para o SNS”.

O Ministro da Saúde inaugurou esta sexta-feira, 16 de dezembro, o Centro de Endoscopia Avançada da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), instalado num espaço renovado do Hospital Pedro Hispano, que passa a dispor de resposta altamente diferenciada na área de gastroenterologia. O centro recebe o nome do engenheiro Carlos Moreira da Silva, mecenas do projeto.

Na cerimónia de inauguração, a que se seguiu a conferência “O Papel das Unidades Locais de Saúde no SNS”, Manuel Pizarro enalteceu o investimento feito na ULS de Matosinhos e sublinhou que este caminho de aposta na diferenciação e tecnologia de ponta permitirá tratar melhor os doentes e também atrair e reter mais profissionais no SNS. Este centro será coordenado por Francisco Baldaque, médico especialista em Oncologia digestiva e Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica, consultor sénior Hospital Karolinska, na Suécia, e que desde 2020 é também assistente hospitalar no Serviço de Gastrenterologia do Hospital Pedro Hispano.

“Não sei se este é um grande passo para a humanidade, mas tenho a certeza que é um grande passo para o SNS”, afirmou Manuel Pizarro, acrescentando ainda que este projeto é a prova de que podem surgir novos centros diferenciadores no Serviço Nacional de Saúde quando administração e profissionais trabalham em conjunto, neste caso com o apoio da sociedade civil. “É extraordinário que alguém da sociedade civil, um empresário de renome, Carlos Moreira da Silva, tenha dado o apoio que nos deu. É habitual noutros países da Europa, é menos habitual em Portugal e espero que este exemplo seja adequadamente reconhecido por todos e que possa fortificar-se e espalhar-se”, enalteceu o Ministro da Saúde. “É verdade que temos cada vez mais respostas tecnológicas, mas isso gera, naturalmente, aumento da despesa. Por maior eficiência que tenhamos obrigação de gerar, as expectativas aumentam a despesa e precisamos que a saúde seja um compromisso de toda a sociedade e não apenas do SNS”.

Na conferência sobre o papel das ULS, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos agraciou a ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, que há 23 anos criou, em Matosinhos, a primeira Unidade Local de Saúde do país. O Ministro da Saúde reconheceu igualmente o papel da antiga governante e a visão do Governo quando, em 1999, avançou com esta figura de organização dos cuidados de saúde no SNS – em que se congregam, sob a mesma administração, os cuidados primários e hospitalares de um território -, e renovou o compromisso de reforçar este modelo no SNS.

Quatro novas ULS em estudo
“Os serviços de saúde são cada vez mais complexos, por boas razões, porque cada vez temos mais capacidade para dar resposta aos cidadãos e porque os cidadãos se tornaram mais exigentes”, afirmou Manuel Pizarro.
“Estas são duas evoluções muito positivas no país: transformaram-se doenças fatais em doenças crónicas, prolongou-se a esperança de vida e, ao mesmo tempo, as pessoas têm maior consciência da sua saúde e procuram os serviços de forma mais proativa. Mas isto implica uma maior articulação dos diferentes tipos de cuidados”, acrescentou.

Atualmente existem oito Unidades Locais de Saúde no SNS, estando em estudo a constituição de quatro novas ULS, com o trabalho técnico em elaboração pela Direção Executiva do SNS. “Este é um dos casos que permite explicar bem a articulação entre o Ministério da Saúde e a Direção Executiva do SNS. Quem define a orientação política, naturalmente de forma participada como deve ser numa sociedade democrática, é o Ministério da Saúde. Quem executa a orientação política é a Direção Executiva”, afirmou o Ministro da Saúde, reiterando o objetivo de promover a integração dos diferentes tipos de cuidados em todo o sistema de saúde.

“Temos de conseguir orientar o sistema para o cidadão e, numa sociedade moderna, não podemos distinguir os diferentes tipos de cuidados de saúde porque eles são igualmente relevantes”, afirmou. “As ULS não são uma resposta miraculosa, mas são um instrumento institucional especialmente vocacionado para promover esta integração de cuidados no percurso das pessoas e uma das virtualidades deste modelo é incorporar a comunidade na sua própria gestão, com representantes dos autarcas”, concluiu.

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