
Secretário de Estado da Saúde evidenciou importância dos técnicos de análises clínicas nos resultados em saúde.
As análises clínicas são um meio complementar de diagnóstico transversal a todo o sistema de saúde, com grande capilaridade em todo o território e um instrumento fundamental na prática clínica, apoiando os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento individual de cada doente. Esta foi uma das principais ideias transmitidas pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, no sábado, 3 de dezembro, quando presidiu à Sessão de Abertura das Jornadas da Associação Portuguesa dos Técnicos de Análises Clínicas 2022.
“Com a pandemia, todo o mundo percebeu a importância que os profissionais de saúde têm para garantir uma vida em sociedade com qualidade”, referiu o Secretário de Estado da Saúde, destacando depois que “os técnicos de análises clínicas também foram fundamentais para endereçar o desafio da pandemia e responder à população”. E acrescentou: “A vossa profissão foi decisiva para garantirmos diagnósticos, continuidade de cuidados e para garantirmos a resposta a uma ameaça que desconhecíamos”.
Ricardo Mestre recordou que o Serviço Nacional de Saúde conta hoje com cerca de 2500 técnicos de análises clínicas, um valor que cresceu perto de 30% em apenas sete anos. “Este número exemplifica bem a importância que têm para uma melhoria contínua dos sistemas de saúde e em particular do SNS”, reiterou-
O Secretário de Estado lembrou que o envelhecimento populacional tem levado a que as necessidades em saúde tenham evoluído de forma significativa, pretendendo-se agora melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. “Vivemos mais anos com doença. Precisamos de chegar mais rapidamente ao diagnóstico e garantir a continuidade de cuidados para controlar as doenças crónicas e as agudizações do nosso estado de saúde”, disse.
Para o governante, o diagnóstico precoce é uma área em que as análises clínicas podem ter um papel mais especial, combinando conhecimento, competências, métodos de trabalho e trabalho em equipa multidisciplinar. Numa antecipação dos principais desafios do setor, o Secretário de Estado da Saúde elencou, depois, a inovação e a transição digital como duas áreas que merecem ser impulsionadas. Porém, lembrou que o cidadão deve estar sempre no centro das decisões tomadas, pelo que a tecnologia deve ser meramente instrumental, implementada com o objetivo de “melhorar a forma como nos organizamos, como gerimos, como aplicamos as técnicas e como interagimos com os utentes”.
