
IPO Lisboa alerta para os sintomas e defende despiste precoce.
O Dia Mundial do Cancro da Cabeça e Pescoço assinala-se hoje, 27 de julho, e o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa Francisco Gentil aproveita a data para chamar a atenção para a importância da prevenção, despiste precoce e valorização dos sintomas.
O cancro da cabeça e pescoço engloba vários tumores, nomeadamente os localizados nas vias aerodigestivas, os das glândulas salivares, os da tiroide e os da pele da cabeça e pescoço.
Em Portugal, são diagnosticados, por ano, cerca de dois mil novos casos de tumores da cavidade oral, da faringe e da laringe. Estes são os cancros da cabeça e pescoço mais frequentes e que causam, também anualmente, mais de 800 mortes no país.

Pedro Gomes, diretor do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço IPO Lisboa, explica que, apesar de grave, a doença “pode ser controlada se tratada a tempo, pelo que importa agir na prevenção e no despiste precoce”. A mortalidade global destes tumores ao fim de cinco anos é de 50% e muitos dos doentes “são diagnosticados tardiamente”, acrescenta.
O médico chama à atenção para alguns dos sintomas que não devem ser desvalorizados. “Feridas na pele ou orais (aftas), que se arrastem por várias semanas, manchas brancas ou vermelhas, nódulos no pescoço ou na face, dificuldade em engolir, alterações da voz, tosse persistente, são sintomas que devem levar a pessoa a consultar o médico assistente ou o médico dentista”, salienta.
Em geral, estes tumores surgem “a partir dos 50 anos e são mais frequentes no sexo masculino”. Os principais fatores de risco são o consumo de tabaco, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, os traumatismos crónicos, a predisposição genética e a infeção pelo papilomavírus humano (HPV). Porém, diz Pedro Gomes, “há cada vez mais casos destes tumores em mulheres”.
Os cancros da cabeça e pescoço englobam também os tumores relacionados com as glândulas salivares, a tiroide e os gânglios. Estes, em geral, “manifestam-se como nódulos que vão crescendo, são frequentemente indolores e só tardiamente dão outros sintomas”. Ainda neste âmbito estão incluídos os cancros da pele na área do pescoço e da face. “Todas as manchas que cresçam, ganhem feridas, bem como outras lesões que não curem em poucas semanas (duas a três) devem ser vistas pelo médico”.

Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa – https://www.ipolisboa.min-saude.pt/