
Laboratório de alta segurança preparado para eventual ameaça biológica.
O laboratório de alta segurança do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) reforçou stocks, otimizou técnicas e adquiriu novos equipamentos para poder responder a eventuais necessidades acrescidas resultantes do conflito na Ucrânia.
Segundo declarações de Sofia Núncio, coordenadora da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB), «a nossa preparação é tentar termos um stock de reagentes preparado e como é evidente intensificamos e estamos a otimizar todas as metodologias».
Apesar da utilização de armas químicas e biológicas ser proibida pela Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas de 1972, Sofia Núncio referiu que, no caso de haver uma denúncia da sua utilização ao secretário-geral das Nações Unidas, a equipa da UREB já está preparada para apoiar na investigação.
A investigadora explicou que nos casos de ameaças biológicas são colhidas três réplicas de cada tipo de amostra: «Uma é identificada e estudada logo no laboratório local e as outras duas são enviadas para outros dois laboratórios para se ter a certeza de que a identificação é precisa e que é concordante».
Nos últimos tempos, o laboratório de segurança biológica de nível 3, instalado no quinto piso do INSA, em Lisboa, tem vindo a ser reforçado para responder em caso de emergência de origem biológica, como uma epidemia, ou devida à disseminação deliberada (bioterrorismo).
A preparação passa por ter um reforço do stock dos kits de deteção, o que já foi feito, renovar equipamentos e intensificar as colaborações com redes europeias.
O objetivo, disse, «é detetar o mais rapidamente (possível) a utilização desses agentes biológicos, evitar que se disseminem pela população, conseguir fazer o isolamento das populações afetadas, o diagnóstico do caso e eliminar as fontes de contaminação».
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