
Aumenta o número de tratamentos a doentes com AVC agudo.
O número de doentes tratados precocemente com revascularização, nos hospitais, aumentou significativamente, divulgou a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, apontando que metade dos doentes internados com um acidente vascular cerebral (AVC) é tratado em unidades especializadas de AVC (UAVC).
Os elementos recolhidos junto das unidades hospitalares revelam que, entre os cerca de 25.000 doentes internados anualmente por AVC isquémico ou hemorrágico, cerca de 50% são tratados em unidades especializadas de AVC (UAVC), percentagem que tem aumentado progressivamente ao longo dos anos.
Em 2019, de 25.105 doentes admitidos por AVC nos hospitais públicos foram internados em UAVC 12.996: 9.841 por AVC isquémico, dos quais 2.467 foram tratados com medicamentos trombolíticos, e 2.057 foram submetidos a tratamento de trombectomia endovascular.
O número de doentes com AVC isquémico tratados precocemente com estas terapêuticas de revascularização tem também aumentado ao longo dos anos. Em 2017, de 20.505 doentes internados por AVC isquémico, há registo de 1.617 terem efetuado tratamento com medicamentos trombolíticos e de 1.297 terem sido submetidos a trombectomia endovascular. Em 2019, de 20.887 internados por AVC isquémico, esses tratamentos foram, respetivamente, 2.467 e 2.057.
De acordo com a DGS, os números estão em linha com os objetivos europeus para tratamento de AVC até final desta década: “Em 2019 foram, assim, tratados com medicamentos trombolíticos 12% dos doentes com AVC isquémico e 10% com trombectomia endovascular, o que está alinhado com os objetivos do Plano de Ação para o AVC na Europa até 2030 (objetivo de alcançar pelo menos 15% e 5%, relativamente a estes indicadores de tratamento), com que a DGS se comprometeu a colaborar”.
O acidente vascular cerebral é a primeira causa de morte e de incapacidade permanente em Portugal, afetando o cérebro, podendo provocar uma deficiência súbita, por entupimento (AVC isquémico) ou rotura (AVC hemorrágico) de uma artéria cerebral.
Os tratamentos de revascularização permitem o desentupimento da artéria afetada, facilitando o acesso do sangue ao cérebro.
O aparecimento súbito de um dos 3 sinais de alerta (3Fs) – dificuldade em falar, ou desvio da face, ou falta de força num braço – é motivo para telefonar imediatamente para o 112 e referir os sinais identificados.
A chegada atempada à unidade hospitalar permitirá a realização de tratamentos que apenas são eficazes nas primeiras horas após o início do AVC, diminuindo em cerca de 30 a 50% a probabilidade de morte ou de incapacidade grave.
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