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Casos de tuberculose em Portugal diminuíram em 2020.

Portugal registou em 2020 “uma diminuição” efetiva dos casos de tuberculose, afirmou a Diretora do Programa Nacional da Direção-Geral da Saúde (DGS), Isabel Carvalho.

“Em Portugal, houve, de facto, uma diminuição dos casos. Não há uma subnotificação”, frisou Isabel Carvalho após a divulgação do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença infecciosa, divulgado na quinta-feira, dia 14 de outubro.

Portugal tem “um sistema muito bem montado de notificação”, assinalou, considerando que “é preciso perceber o porquê da diminuição, porque houve uma quebra significativa do número de pessoas que recorreram aos serviços e aos cuidados de saúde na área da tuberculose”, nomeadamente por parte dos “mais vulneráveis”, apesar de os Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP) se terem mantido abertos durante os confinamentos impostos pela Covid-19.

“Isso é que tem de ser trabalhado e que temos estado a trabalhar”, destacou, acrescentando que o isolamento social e o uso da máscara reduziram o contágio também de tuberculose.

De acordo com o Relatório Global da Tuberculose, Portugal desceu dos “cerca de 1.800” casos em 2019 para 1.445 em 2020.

A OMS realça ainda no relatório que “muito menos pessoas foram diagnosticadas” com a doença (de 7,1 milhões em 2019 para 5,8 milhões em 2020).

Em Portugal, tem havido ao longo dos anos “uma regressão progressiva e sustentada”, disse Isabel Carvalho, destacando que “Portugal prima até por muito boas práticas na área da tuberculose, nomeadamente o tratamento gratuito e o acesso facilitado (…) às consultas especializadas”.

Porém, é preciso “acelerar esta tendência decrescente”, reconheceu, admitindo que Portugal ainda vá continuar na cauda da Europa por algum tempo. “Embora [Portugal] esteja a fazer um bom trabalho, ainda não atingimos o patamar de estar na mesma linha do que países como Espanha ou França”, afirmou a responsável.

Para tal, é necessária uma “atuação mais dirigida” aos mais vulneráveis – nomeadamente pessoas sem-abrigo, pessoas com dependências, pessoas com HIV/sida – e “trabalhar a informação para caracterizar bem cada região, pois cada zona tem determinantes sociais que exigem respostas adaptadas”. E ainda “aumentar a literacia” de todos sobre a doença, frisou a diretora do programa nacional.

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