
Estudo do INSA e da DGS confirma efetividade das vacinas mRNA.
Um estudo epidemiológico promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), com colaboração da Unilabs, sobre a efetividade das vacinas mRNA contra a Covid-19 estimou que o risco de uma infeção pela variante Delta em vacinados é, aproximadamente, o dobro do risco de infeção pela variante Alpha.
Esta é uma tendência verificada tanto em indivíduos com o esquema vacinal parcial como em indivíduos com o esquema vacinal completo, sendo que as conclusões vão ao encontro dos estudos internacionais que avaliaram a efetividade das vacinas Covid-19 contra a variante Delta.
O estudo teve como objetivo comparar a efetividade das vacinas mRNA em casos da variante Delta e Alpha, recorrendo a um indicador aproximado de carga viral para apurar o potencial de transmissibilidade de cada caso.
De acordo com os resultados obtidos, observou-se que os infetados com a variante Delta apresentaram, em média, valores de carga viral mais elevados, o que poderá significar uma maior transmissibilidade. Estes resultados sugerem uma menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta em comparação com a variante Alpha.
O estudo contribui, assim, para robustecer a evidência científica sobre a menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta, assim como a maior transmissibilidade desta variante, atualmente dominante em Portugal e na Europa. O estudo em causa não analisou a efetividade das vacinas mRNA contra doença sintomática, hospitalização ou morte.
Outro dos principais resultados deste trabalho refere que os indivíduos com o esquema vacinal completo apresentaram menor carga viral e potencialmente menor transmissibilidade do que os indivíduos não vacinados para ambas as variantes de preocupação analisadas (Delta e Alpha). No caso dos indivíduos infetados com a variante Delta, não se identificaram diferenças no indicador de carga viral entre os indivíduos não vacinados e os vacinados parcialmente, sugerindo assim equivalente nível de transmissibilidade.
O estudo compreendeu o período de transição entre o predomínio da variante Alpha para a variante Delta (maio a julho de 2021) e analisou 2.097 casos de infeção por SARS-CoV-2.
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