
Coordenador prevê capacidade para administrar até 150 mil vacinas por dia.
Portugal terá uma capacidade para administrar entre 100 e 150 mil vacinas por dia, podendo duplicar esse número aos fins-de-semana, e os grupos prioritários previstos no plano de vacinação contra a Covid-19 não serão alterados, apesar dos atrasos no fornecimento de vacinas, garante o novo Coordenador da Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Henrique Gouveia e Melo.
«Não faria sentido mudar as prioridades porque não há vacinas», afirmou o responsável, lembrando que a forma como as pessoas foram priorizadas para serem vacinadas «tem muito a ver com os riscos e patologias».
Henrique Gouveia e Melo, que sucedeu a Francisco Ramos na coordenação da task force, mostrou-se desfavorável a que a estratificação passe a ser feita por idades, alegando estudos que defendem que «atacar as comorbilidades salva mais pessoas do que atacar por faixas etárias decrescentes».
O responsável, em entrevista à TVI, admitiu ainda que, a manter-se um cenário de escassez de vacinas, a produzida pela AstraZeneca possa ser administrada a pessoas com mais de 65 anos.
No decurso da entrevista, o responsável admitiu que o «o país tem capacidade para um ritmo muito elevado de vacinação, e vamos fazê-lo, assim haja vacinas para isso», estimando que o país, usando a capacidade máxima, consiga administrar «entre as 100 e as 150 mil vacinas por dia, em períodos normais e nos fins-de semana duplicar isso».
Numa altura em que o ritmo de vacinação ronda as «22 mil vacinas por dia», o responsável pelo plano prevê que, no segundo trimestre do ano, «se vierem as vacinas que estão contratadas e que se pensam que virão, o ritmo aumentará para cerca de 80 a 81 mil vacinas por dia».
Portugal com 910 postos de vacinação prontos a atuar
A este propósito, Henrique Gouveia e Melo afirmou ainda que Portugal conta atualmente com 910 postos de vacinação prontos a atuar, nos centros de saúde, número que poderá ser alargado para 1.200 postos.
Trata-se, segundo o coordenador do plano de vacinação, de «uma malha que atinge de forma muito capilar a população portuguesa, está espalhada no território nacional» e «pronta para trabalhar».
Com o aumento do número de vacinas, no segundo trimestre no ano, admite a necessidade de encontrar «soluções» como «postos de vacinação massiva, alargar os períodos aos fins-de-semana ou usar outros agentes que possam vacinar, como por exemplo as farmácias».
O vice-almirante que quer chegar ao período de maior capacidade de vacinação «sem improvisações», assegurou ainda que a Task Force da vacinação continuará a «fechar a norma» para impedir mais casos de vacinação abusiva.
«Em cada mil vacinas que foram administradas houve uma que não temos a certeza se cumpriu com as regras», afirmou, sublinhando que «é preciso ter ideia desta proporção».
Em Portugal já foram recebidas 503 mil vacinas, 43 mil das quais foram para a Madeira e para os Açores e 460 mil ficaram no continente.
Destas 460 mil que estão no continente, já foram administradas 400 mil vacinas, estando em reserva 60 mil.
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