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Cesariana de prematuro com uma grávida Covid-19 ligada a ECMO.

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) divulgou, nas suas redes sociais, o caso de Elizangela, de 31 anos, «um dos mais extraordinários da pandemia a nível mundial» e destaca o trabalho de equipa e interdisciplinar e a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com o centro hospitalar, infetada com Covid-19 e grávida de 27 semanas, Elizangela teve que ser internada nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria (integrado no CHULN) no início de novembro de 2020.

Em situação crítica, com os pulmões «num estado muito grave, teve de ser colocada em ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorporal, uma técnica de suporte vital de fim de linha) pouco tempo depois, para manter os seus níveis de oxigénio e os do bebé».

Mas, segundo relata o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, a meio de novembro, com apenas 29 semanas de gestação, o agravamento do seu estado de saúde levou as equipas do centro hospitalar a avançarem para um procedimento de que não havia registos em termos mundiais: uma cesariana de um prematuro com uma grávida com Covid-19 ligada a ECMO.

De acordo com CHULN, a operação decorreu no bloco de ginecologia, adaptado para esta fase de pandemia, e o plano resultou num enorme sucesso. O bebé, apesar de prematuro, com cerca de 1 kg e de a mãe ter passado os últimos dias de gestação em estado grave, ficou bem e sem sequelas, ao cuidado do Serviço de Neonatologia. «Mas a incerteza em relação a Elizangela manteve-se depois do parto: continuou em coma ligada à ECMO e com um prognóstico muito incerto».

No dia 7 de dezembro, Elizangela saiu dos cuidados intensivos, depois de uma recuperação que os especialistas que a acompanharam classificam de «espantosa». Dez dias depois, teve alta da Medicina II F e já pôde passar o Natal em casa, mas ainda sem o seu filho. Há menos de uma semana, o bebé teve também alta do Hospital de Santa Maria, onde vai continuar a ser acompanhado regularmente pela Neonatologia, revela o CHULN.

«Intensivistas, obstetras, neonatologistas, anestesistas, enfermeiros, terapeutas de reabilitação, técnicos de diagnóstico, profissionais de várias áreas, este foi um verdadeiro trabalho de equipa e interdisciplinar, só possível num hospital diferenciado e que prova a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Parabéns a todos!», enaltece o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.

Para saber mais, visite:

Facebook > CHULN

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