
Vinte repatriados em isolamento no Hospital Pulido Valente.
A Ministra da Saúde afirmou no domingo, dia 2 de fevereiro, que as 20 pessoas retiradas da China que chegaram a Lisboa vão ficar em isolamento e fazer análises para despistar o novo coronavírus, cujos resultados serão apresentados «nas próximas horas».
Em conferência de imprensa no edifício sede do Ministério da Saúde, Marta Temido, informou que as análises serão feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e adiantou que todos os repatriados concordaram em seguir o protocolo do «isolamento profilático», para o qual existem 13 quartos no Hospital Pulido Valente, integrado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, e 10 no Parque da Saúde de Lisboa.
A Ministra realçou que, «à partida, essas pessoas não estão doentes» com o novo coronavírus que começou a propagar-se a partir da China, em dezembro.
Durante os 14 dias que passarão em isolamento, os 20 repatriados – que incluem dois diplomatas portugueses em serviço na China e duas cidadãs brasileiras – serão visitados duas vezes por dia por uma equipa de sanidade internacional, composta por dois médicos de saúde pública.
Durante o mesmo período, não poderão receber visitas, mesmo que controladas.
A Direção-Geral da Saúde fará um boletim clínico diário do grupo e o Ministério da Saúde realizará uma conferência de imprensa diária para dar conta da evolução da situação.
A conferência de imprensa contou também com a participação do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Teresa Ribeiro, do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa, Jorge Seguro Sanches, do Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.
No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, epicentro do contágio do coronavírus, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional.
Recorda-se que Organização Mundial da Saúde declarou, na quinta-feira, dia 30 de janeiro de 2020, uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto.