Resposta Sazonal em Saúde
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Tendência de diminuição do excesso de peso e obesidade nas crianças.

A Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, congratulou-se hoje com a redução da prevalência do excesso de peso infantil em Portugal, mas avisou que é preciso olhar para as ameaças e não «descansar sobre os louros».

«São boas notícias, mas é preciso olhar para ameaças como as assimetrias regionais e o aumento da prevalência com a idade, por exemplo. Temos excelentes resultados, mas é preciso não descansar sobre os louros», referiu Raquel Duarte.

A Secretária de Estado da Saúde falava a propósito dos dados do COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) que confirmam a diminuição das prevalências de excesso de peso e obesidade infantil em Portugal.

Raquel Duarte chamou ainda a atenção para os últimos dados relativos aos hábitos alimentares em Portugal, que indicam que 40% dos adolescentes bebe refrigerantes diariamente, mais de metade tem um consumo de hortofrutícolas abaixo do recomendável e mais de 20% consome açúcar acima dos níveis recomendados.

«Não basta a literacia. É preciso trabalhar em conjunto, seja com os municípios, para a criação de parques para as crianças brincarem na rua, seja com as escolas, na promoção da atividade física», acrescentou.

Segundo dados preliminares da 5.ª fase do COSI Portugal (Sistema de Vigilância Nutricional Infantil do Ministério da Saúde), verificou-se uma diminuição do excesso de peso nas crianças de 37,9% em 2008 para 29,6% em 2019.

De acordo com o COSI Portugal 2019, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), a prevalência da obesidade infantil aumentou com a idade, com 15,3% das crianças de oito anos obesas, incluindo 5,4% com obesidade severa, um valor que é de 10,8% nas crianças de seis anos (2,7% obesidade severa).

Por regiões, os Açores são a região com maior prevalência de excesso de peso infantil, com uma em cada três crianças com peso a mais, apesar de terem sido a região que mais reduziu este valor desde a anterior recolha de dados, que avaliou 7.210 crianças de 228 escolas de Portugal continental, Açores e Madeira.

Presente na apresentação destes dados, que decorreu no INSA, em Lisboa, a Diretora-Geral da Saúde (DGS), Graça Freitas, sublinhou os bons resultados obtidos nesta área, lembrando que permitem atingir antes da data a meta do Plano Nacional de Saúde nesta matéria.

«A DGS está fortemente empenhada nesta matéria e duas das prioridades são a atividade física e a alimentação saudável», afirmou Graça Freitas.

João Breda, da Organização Mundial da Saúde/Europa (OMS/Europa), destacou a melhoria nos resultados de Portugal, que de um segundo lugar (no primeiro COSI, em 2008) na lista de países com maior prevalência de excesso de peso infantil passou para meio da tabela.

Com a evolução e o trabalho desenvolvido ao longo de anos, o nosso País cumpre o desafio lançado em 2006, na Conferência Interministerial da OMS em que Portugal assinou a Carta Europeia da Luta contra a Obesidade, uma vez que consegue, não só travar o crescimento desta epidemia nas crianças, como inverter a tendência crescente.

A DGS é parceira do INSA no âmbito do COSI. O COSI é implementado a nível regional pelas administrações regionais de saúde, pela Direção Regional de Saúde dos Açores e pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira.

Fonte: Lusa

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