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Enfermagem tem de ser valorizada e encarada como um pilar do sistema.  

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (SEAS), Francisco Ramos, reconheceu hoje, dia 10 de maio, que a enfermagem é uma profissão que precisa de ser reconhecida, valorizada e encarada como um pilar do sistema de saúde.

Na I Convenção Internacional dos Enfermeiros, que hoje começou no Porto, Francisco Ramos elogiou o papel dos enfermeiros no país, num momento em que tem havido várias lutas laborais pela dignificação da enfermagem e também numa altura de crispação de relações entre a Ministra da Saúde, Marta Temido, e a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

«Deve ser privilegiado o caráter multidisciplinar da saúde, reconhecendo a importância de todas as profissões, entre elas a enfermagem, que tem de ser reconhecida, valorizada, encarada como o pilar que é esta profissão para a prática dos cuidados de saúde que queremos», afirmou o governate, que chegou a suspender relações institucionais com a Ordem, na altura da «greve cirúrgica» dos enfermeiros, relações entretanto reatadas.

Francisco Ramos fez questão de «reafirmar a confiança, respeito e reconhecimento no grupo profissional de enfermagem», além de ter aproveitado a ocasião para personalizar um cumprimento à enfermeira que o acompanhou quando teve um problema de saúde, antes de assumir as atuais funções governativas.

A importância da integração dos cuidados e de colocar o cidadão no centro do sistema

Na sua intervenção, reconheceu também que o sistema de saúde sobreviveu à crise económica e financeira que o país atravessou, mas «muito pelo esforço e à custa dos profissionais de saúde, que souberam resistir a penalizações».

«Neste momento a recuperação é mais lenta do que gostaríamos. Existe, mas é bem mais lenta do que todos nós gostaríamos», admitiu ainda.

Francisco Ramos elencou ainda o conjunto de desafios que o sistema de saúde em Portugal tem pela frente nos próximos anos, destacando a importância da integração dos cuidados e de colocar o cidadão no centro do sistema.

O governante entende que há, com frequência, uma organização de cuidados “demasiado espartilhada», com o mesmo modelo hospitalar de há 40 anos.

Mesmo em relação aos cuidados de saúde primários, iniciou-se uma mudança há cerca de 15 anos, mas o governante entende que essa reforma ainda vai a meio, «ou nem isso».

Francisco Ramos considera que o panorama epidemiológico exige uma mudança de organização e de comportamento: «Já não temos pela frente o modelo de episódio de doença aguda, em que tratamos e prestamos os cuidados e devolvemos a pessoa ao seu meio ambiente. O predominante são os doentes crónicos que precisam de nós hoje, amanhã e no dia seguinte e no dia também seguinte».

A I Convenção Internacional dos Enfermeiros, organizada pela Ordem, começou hoje no Porto e termina no sábado.

Fonte: Lusa

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