Ministério lamenta falecimento de Agostinho Almeida Santos.
Agostinho Almeida Santos, professor catedrático de Coimbra e médico pioneiro da procriação medicamente assistida em Portugal, morreu este sábado, 14 de julho, aos 77 anos.
O médico e professor catedrático de ginecologia, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), realizou, pela primeira vez, em Portugal, a técnica de procriação medicamente assistida, designada por GIFT (Transferência de Gâmetas para a Trompa), método que propiciou o nascimento do primeiro bebé em junho de 1988.
Agostinho Almeida Santos fundou e dirigiu o programa de reprodução medicamente assistida, que funciona em Coimbra, desde 1985. Entre 2005 e 2007, foi o Presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Na vida académica, publicou 185 trabalhos científicos, proferiu mais de 400 palestras e foi o responsável pelas disciplinas de Obstetrícia e Ética, Deontologia e Direitos Médicos da FMUC.
Membro de 18 sociedades científicas nacionais e internacionais, desempenhou funções de perito da Comunidade Económica Europeia na área de investigação em bioética.
Autor do livro Razões de Ser, associado aos problemas e futuro da bioética, Agostinho Almeida Santos manteve uma atividade universitária de forma ininterrupta desde 1965.
Em 2009, Agostinho Almeida Santos foi designado cônsul honorário de Cabo Verde para a Região Centro, depois de anos de trabalho de cooperação com este país africano, na área da medicina materno-infantil e na formação de internos em obstetrícia.
Fotografia: Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida