Especialistas do Iraque recebem formação no Hospital de São João.
Um grupo de seis médicos cardiologistas pediátricos do Iraque iniciou, no dia 25 de junho de 2018, no Hospital de São João do Porto, integrado no Centro Hospitalar de São João (CHSJ), uma formação na área do cateterismo, nomeadamente no tratamento percutâneo de certas cardiopatias congénitas.
O cardiologista pediátrico Jorge Moreira, do Centro Hospitalar de São João, explica que a vinda dos especialistas iraquianos foi mediada por uma empresa que pediu a colaboração do hospital na formação.
«São técnicas implementadas já há bastantes anos aqui no hospital e, como as empresas que comercializam esses equipamentos o sabem, acharam que a nossa experiência poderia ser útil para os médicos do Iraque e propuseram a formação», informa o especialista, esclarecendo que «o cateterismo tem uma parte de diagnóstico e uma parte, cada vez mais importante, de tratamento percutâneo de certas cardiopatias congénitas».
Segundo o especialista, os seis médicos do Iraque vão participar «nas sessões habituais de trabalho, em que serão tratadas crianças que têm canais arteriais, que é um tipo de cardiopatia congénita relativamente frequente».
«O encerramento destes vasos vai ser feito pela implantação de dispositivos de vários tipos e tamanhos e com a presença desses médicos, para que possam adquirir competências nesses aspetos», afirma.
Na segunda-feira, dia 25 de junho, será realizada uma sessão teórica, para introdução ao tema, com palestras nas quais será explicada a experiência da equipa do hospital.
Na terça e na quarta-feira, o objetivo é tratar três crianças em cada um dos dias, num total de seis casos, acrescenta Jorge Moreira.
Os especialistas iraquianos são oriundos de várias instituições do seu país. «Para nós também é um desafio, encaramos esta atividade com certa expectativa, porque não sabemos exatamente o grau geral de competência dos médicos que vêm. Imagino que tenham alguma e que isto possa ser útil e que possam aplicar esta técnica na terra deles», conclui o cardiologista.
Fonte: Lusa