
Independentemente do resultado, Portugal e o Porto ganharam.
Segundo o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, «o Porto está claramente no conjunto das candidaturas mais fortes» para acolher a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), uma decisão que é conhecida esta segunda-feira, dia 20 de novembro de 2017.
«Independentemente do resultado, Portugal e o Porto ganharam. Ganharam com uma candidatura que prestigiou o país, uma candidatura nacional. O Porto está claramente no conjunto das candidaturas mais fortes», afirmou Adalberto Campos Fernandes, em conferência de imprensa decorrida no dia 17 de novembro, na Câmara Municipal do Porto, ao lado do Presidente da Câmara portuense, Rui Moreira, e da Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.
A cidade do Porto está a competir com Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Estocolmo, Viena, Varsóvia e Zagreb.
A EMA, cuja localização em Londres terá de mudar devido à saída do Reino Unido da União Europeia, conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano.
A decisão sobre a nova localização da EMA, bem como da Agência Bancária Europeia, deverá ser votada no dia 20 de novembro de 2017, pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros, em conselho europeu.
O Ministro da Saúde frisou que «o Porto mostrou a sua vitalidade, a sua capacidade de acolher entidades de elevada diferenciação», notando que «de certeza que a cidade abriu portas», uma convicção partilhada pelo autarca Rui Moreira.
«Nada será como antes porque o Porto passou por todas as etapas necessárias. O Porto preenche todos os parâmetros fundamentais. Doravante, em situações desta natureza, o Porto passa a estar no mapa de cidades que podem acolher este tipo de investimentos e instituições», afirmou o Presidente da Câmara.
Rui Moreira mostrou-se esperançado de que a decisão de acolhimento da EMA recaia sobre o Porto e sintetizou o seu sentimento: «Se as coisas correrem bem, perfeito. Se não correrem tão bem, apesar de tudo, passamos a estar no mapa e num campeonato que nunca tínhamos estado».
Por sua vez, a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmou que «foi feito um intenso trabalho diplomático e muitas diligências diplomáticas junto dos 26 países envolvidos».
A governante observou, porém, que o sistema de votação é «um pouco complexo», descrevendo que cada país tem três votos para atribuir à primeira candidatura, à sua preferida, dois votos para a que acha que deve ficar em segundo lugar e um voto para a que deve ficar em terceiro lugar.
Ana Paula Zacarias disse ainda que Portugal e o Porto têm de estar preparados para qualquer desfecho, numa «corrida bastante renhida».