Balanço revela evolução positiva no desempenho financeiro e na qualidade dos serviços.
Em comunicado, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste revela que os resultados económico-financeiros foram os melhores desde a constituição, em 2011, alcançando, em 2015, um EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) de 746.729 euros.
A ULS Nordeste tem vindo a melhorar a sua sustentabilidade financeira, ano após ano, passando de um EBITDA negativo de 11.320.509 euros, em 2011, para um EBITDA positivo de 6.747 euros, em 2014, e aumentando esse valor para 746.729 euros, em 2015.
Esta situação financeira favorável foi alcançada na sequência da redução de custos na ordem dos 14 milhões de euros, nos últimos cinco anos, que contribuíram para uma melhoria do EBITDA em 11,3 milhões de euros.
Estes resultados foram alcançados mesmo com o valor da capitação abaixo dos 604 euros previstos aquando da criação da ULS Nordeste, situando-se atualmente nos 587 euros. A esta situação juntam-se outros constrangimentos resultantes das especificidades da região servida por esta ULS (dispersa geograficamente), que necessita de uma estrutura maior para servir um menor número de habitantes, comparativamente com as restantes unidades locais de saúde do país.
Redução de tempos de espera
O perfil de saúde da população do distrito de Bragança assume-se, assim, como um desafio para a ULS Nordeste. O envelhecimento da população, associado à baixa taxa de natalidade, tem levado a ULS Nordeste a efetuar alguns ajustamentos nos serviços de saúde prestados aos seus utentes, tendo por base a aposta nos cuidados de proximidade, focando-se na promoção da saúde e na prevenção da doença, um dos princípios basilares da visão estratégica da instituição.
Neste âmbito, refere-se que 98% dos utentes servidos pela ULS Nordeste têm médico de família atribuído, o que permite um maior acompanhamento dos utentes e a deteção precoce de fatores de risco para a saúde.
Também os cuidados hospitalares registam uma evolução favorável ao nível do tempo médio de espera dos utentes para primeiras consultas, que passou de 83 dias em 2011 para 51 dias em 2015, verificando-se assim uma redução de 32 dias no tempo médio de espera. Estes números demonstram que 90,9% das consultas na ULS Nordeste são realizadas dentro do Tempo Médio de Resposta Garantido, enquanto a média nacional se situa nos 74,4%. A taxa de primeiras consultas também aumentou, passando de 35,5% em 2011, para 36,7% em 2015.
Em relação às cirurgias, o tempo médio de espera tem igualmente vindo a diminuir, passando de 146 dias, em 2011, para 90 dias, em 2015, verificando-se assim uma redução de 56 dias. Destaque ainda para o aumento do peso da cirurgia de ambulatório, que passou de 42,1%, em 2011, para 67,8% em 2015.
Novos investimentos
Desde a sua criação, a ULS Nordeste tem alcançado várias distinções nacionais e internacionais, que reconhecem o empenho e o trabalho desenvolvido por todos os seus colaboradores. É disso exemplo a Acreditação Internacional da Qualidade nas três unidades hospitalares, pelo CHKS – Casper Healthcare and Quality Unit, e a 3.ª posição alcançada pela ULS Nordeste no grupo das oito ULS nacionais, segundo a metodologia IASIST, bem como a obtenção de cinco estrelas nas três unidades hospitalares na avaliação efetuada pela Entidade Reguladora da Saúde.
Entre os desafios da ULS Nordeste para 2016, destaque para a manutenção do grau de cumprimento dos indicadores de qualidade e dos índices de acesso na prestação de cuidados, a Acreditação da Qualidade nos 14 centros de saúde, a manutenção da sustentabilidade financeira, a realização de investimentos através do programa Portugal 2020 (Urgência de Mirandela, Bloco Operatório e Patologia Clínica em Bragança) e reforço do quadro de pessoal (médico, enfermagem e assistentes operacionais), bem como o reforço da articulação entre cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares (consultas hospitalares nos centros de saúde).
Para saber mais, consulte:
Unidade Local de Saúde do Nordeste – www.ulsne.min-saude.pt
